A VIDA NO UMBRAL VI
A VIDA NO UMBRAL VI
— E o lugar que os espíritas chamam de Umbral?
A palavra umbral significa muro, e é a divisória entre o plano terrestre e o plano astral mais avançado.
Uma divisória vibracional, onde quem tem o corpo espiritual denso não atravessa, como uma peneira vibracional.
Eu costumo dizer que Inferno e Paraíso são portáteis: você carrega
dentro. Se está bem, o Paraíso está dentro de você. Se sai do corpo
nessa condição, você é atraído por uma vibração semelhante a que existe
em seu interior.
- A passagem para o Paraíso está dentro de nós.
- E o Inferno é a mesma coisa, é um estado íntimo.
Veja uma pessoa cheia de auto culpa e compare com aquela imagem
clássica do diabo colocando alguém dentro da caldeira e espetando.
A
auto culpa espeta mais do que qualquer diabo, porque nem é preciso o
Inferno vir de fora: ele já está dentro e o diabo é você mesmo.
O Umbral é uma região muito pesada porque reflete o estado íntimo de
quem lá está. Você encontra lugares que lembram abismos, cavernas
escuras, tudo exteriorizado do subconsciente dos espíritos, como formas
mentais.
Quando você olha no fundo desses abismos vê que está
cheio de espíritos, mas eles não voam, são densos. Você encontra favelas
no plano espiritual, cidades medievais. Os espíritos vivem presos a
formas mentais das quais, muitas vezes, é difícil escapar. São esses que
os seres evoluídos buscam ajudar nessas dimensões.
— E como eles fazem isso?
-
Normalmente, resgatam os sofredores usando médiuns ou projetores
astrais fora do corpo, utilizando a energia do cordão de prata para se
tornarem mais densos e puxar as pessoas.
É por isso que, desde os 15 anos, fui levado muitas vezes a esses
ambientes para dar passes nos espíritos, fora do corpo. Você dá um passe
e isso muda o padrão vibracional do corpo espiritual da pessoa.
Tão
logo isso acontece, os espíritos mais avançados, que não tinham acesso,
conseguem pegar a pessoa e levar para um hospital extrafísico.
Aí começa um tratamento energético, puramente de luz, para desintoxicar
os chacras extrafísicos do corpo energético, e tratamento psicológico
para fazer a pessoa encarar sua situação, conseguir se entender e sair
daquele problema.
E também é trabalho, terapia para que a pessoa
saia daquilo sem ter auto-culpa, porque a auto culpa segura a pessoa no
passado. Ela precisa entender que Deus não condena ninguém.
Eu já passei por lugares desse Umbral em que era tudo escuro, e eu sentia que passava por cima de pessoas que se arrastavam.
A
única luz que tinha ali era a minha, um ser humano. E algumas pessoas
se seguravam em mim e falavam, "Anjo, me tira daqui!". Eles achavam que
eu era anjo porque tinha alguma luz.
— E você não tinha como tirar essas pessoas de lá?
-
Não, porque tinha ido tirar uma pessoa determinada. Eu estava
direcionado para pegar uma e puxar. E também, vários daqueles que estão
ali sofrendo e pedindo ajuda, se forem tirados daquele ambiente e
levados para um lugar melhor, basta que se recuperem um pouquinho e já
começam a aprontar.
Esse
pessoal precisa ralar um pouco para perceber que não se pode fazer ao
outro aquilo que você não quer que façam com você. Não é uma punição
divina, é causa e efeito. O que você fez para o outro fica marcado em
você.
Eu cresci no Rio, na Baixada Fluminense. Vários amigos meus
morreram por causa de droga, outros porque se tornaram policiais e
morreram em tiroteio com bandidos, cumprindo o dever, e outros se
tornaram marginais.
Um desses rapazes virou policial e fez parte de um grupo de extermínio
de bandidos. Eu já tinha me mudado para São Paulo, e ele inclusive já
não mora mais no Rio - deixou a polícia, nem sei onde está. Eu despertei
fora do corpo no Rio de Janeiro, na rua do bairro onde cresci, e
comecei a ouvir uma gritaria.
Lá na ponta da rua começou a
aparecer uma energia alaranjada, pesada, e de repente chega o rapaz
correndo. Ele estava fora do corpo perseguido por um grupo de doze
espíritos, com pedaços de pau nas mãos - tudo plasmado: facões, etc.
Gritavam.
"Pega, pega esse miserável!". E o sujeito estava projetado fora do
corpo, ou seja, fora do corpo ele é perseguido pelos sujeitos que ele
matou.
Eles passaram correndo perto de mim e, quando ele passou,
eu vi que estava cheio de buracos de bala, plasmado no corpo
espiritual. Aí eu entendi uma coisa que o espírito André Luiz sempre
falou nos seus livros: cada coisa que você faz para o outro fica marcada
em você espiritualmente.
Cada bala que ele tinha enfiado em alguém, a marca estava nele, porque a
forma mental do ato ficou grudada nele. Se durante o sono ele já está
assim, imagine na hora em que desencarnar.
Ele vai ficar nesse plano astral denso por um bom tempo.
forumespirita
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